14 de julho de 2006

Regras pingadas....


As regras pingadas no dia-a-dia até o vício.
Não, não existe receita para ser feliz...
Ser é o invisível e o invisível não se compra nos grandes magazines.
Quero gritar para ninguém me ouvir.
Se o pânico vier, ninguém para se compadecer.
Sentir braços e pernas batendo vigorosamente na solidão líquida.
Lágrimas... Sempre quis amar e amar. Sofri tanto quanto pude desejar o tal de amor... Pássaros cantando nas janelas e não na liberdade. Plantava para que as flores enfeitassem os sonhos, mas elas sempre enfeitaram a vida.
Talvez, seja ridículo expor-me nessa altura da avenida vida, repleta de máquinas brilhando na pressa das buzinas, nos olhos vazios, ah, quantos olhos vazios, bocas vazias, carnes vazias e a produção alienadora de sons inumanos.
Onde estão as gentes, o povo, as plantas, os bichos?
A frieza do cimento, dos ferros, a elegância gelada das perfeitas invenções.
Isolar-me da loucura seria enlouquecer?
Ora, prendam-me, amarrem-me, queimem-me...
Já não sei quem é vilão.
Só tento ser feliz à minha maneira...

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